Curtir no Facebook

domingo, 27 de janeiro de 2019

Macaco prego aprontando





Macaco prego aprontando



Macaco-prego (Sapajus libidinosus) é uma espécie de macaco-prego, um macaco do Novo Mundo da família Cebidae e gênero Sapajus. Faz parte do complexo específico Cebus apella e já foi considerado uma subespécie de Cebus apella. Considerado como espécie propriamente dita por Groves (2001).



Ocorre no Brasil central e nordeste, a oeste e norte do rio São Francisco e leste do rio Araguaia, ocorrendo nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, leste e centro do Rio Grande do Norte (oeste de Jucurutu), noroeste da Paraíba e oeste de Pernambuco e Alagoas. Ocorre em Minas Gerais, ao norte do rio Grande e partes do leste da Bolívia. É típico das formações xeromorfas, como a Caatinga e o Cerrado até 600 m acima do nível do mar. Ocorre nas florestas de galeria e nos brejos de altitude.

Alimenta-se principalmente de insetos e frutos, como os de palmeiras. Esses animais utilizam pedras para se alimentar de cocos e as populações da caatinga utilizam ferramentas frequentemente para obter alimento e água. De fato, são os únicos macacos do Novo Mundo que utilizam ferramentas espontaneamente em ambiente natural para quebrar cocos. São animais diurnos e passam a maior parte do tempo forrageando e se deslocando pelo território, que tem cerca de 300 hectares. Os grupos têm geralmente nove indivíduos, mas já foi relatado um grupo com 53 animais, no oeste do Rio Grande do Norte. Os grupos são bastante coesos e as fêmeas possuem um forte sistema hierárquico. São geralmente arborícolas, mas as populações de regiões mais abertas frequentemente adotam hábitos terrestres. A reprodução é muito similar à de outras espécies de macacos-pregos, mas são necessários mais estudos. As fêmeas possuem um comportamento sexual proceptivo, e os machos não costumam utilizar de métodos coercitivos para conseguir cópulas.



A espécie é listada como "pouco preocupante" pela IUCN, principalmente devido à sua ampla distribuição geográfica, embora seu habitat esteja em acelerado processo de desmatamento, e seja necessário um monitoramento mais refinado de suas populações. É, também, caçado ao longo de toda sua área de ocorrência. Ocorre em muitas unidades de conservação no Brasil, como o Parque Nacional da Serra da Capivara.



Cientistas constataram nesta espécie, em várias populações selvagens, o uso de ferramentas percussivas de pedra ("martelo e bigorna", uma superfície plana e dura como base, e uma pedra solta, com a qual o macaco bate contra algum tipo de alimento que necessite ser quebrado). Após essa constatação, percebeu-se que a espécie se encaixa no modelo teórico tripartite de desenvolvimento de cultura do bioantropólogo holandês Carel van Schaik, da Universidade Duke (Estados Unidos). Isso faz com que o Sapajus libidinosus entre para a lista dos poucos animais com capacidade de desenvolver cultura.



Algumas populações dessa espécie podem apresentar uma cultura de uso de ferramentas bem mais complexo. Os grupos que vivem no Parque Nacional Serra da Capivara habitualmente usam ferramentas de pedra e de madeira para obter alimento, além de usar esses objetos também para comunicação e ameaças. Essa população é a única conhecida, até o momento, a apresentar esse nível de variação e complexidade. Apesar de macacos de outras populações usarem habitualmente ferramentas de pedra, geralmente eles só as usam para uma finalidade (p.ex. quebrar cocos), não tendo nenhuma outra população a variedade e complexidade dos macacos-prego da Serra da Capivara no comportamento de uso de ferramentas. Estudos arqueológicos sobre o uso de pedras pelos macacos-prego nesse local revelaram que esse comportamento ocorre há, pelo menos, 700 anos.



Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapajus_libidinosus



Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=zEa63WtykPc

Nenhum comentário:

Postar um comentário